segunda-feira, junho 19, 2006

Caixa já liberou mais de R$ 156 milhões para habitação no DF

Os investimentos em habitação no Distrito Federal crescem a passos largos em 2006. Somente primeiro semestre, a Caixa Econômica Federal (CEF) já emprestou R$ 156,5 milhões para financiamentos habitacionais na capital, sem contar o montante liberado em consórcios ou por meio do Orçamento Geral da União. O valor corresponde a 71,5% do orçamento regional do banco para habitação em 2006, que é de R$ 219 milhões para o DF.

Entre janeiro e junho deste ano, 5.548 imóveis foram financiados em Brasília. Em todo país, a CEF emprestou R$ 5,39 bilhões. “O aumento se deve a vários fatores. A Caixa simplificou bastante a sistemática de análise dos clientes, passou a realizar os feirões habitacionais em cada capital e, além disso, o governo reduziu os impostos de alguns produtos da construção civil”, diz a gerente regional do banco, Leane Cardoso Mundim.

Ela afirma que nos próximos três meses deve ser feito um pedido para ampliar o orçamento destinado à habitação no DF. A meta é emprestar mais de R$ 460 milhões, incluindo nesse montante os financiamentos por meio de consórcios e repasses do orçamento. São R$ 36 milhões a mais do que o valor liberado no ano passado. “O Produto Interno Bruto Brasileiro terá um crescimento em grande parte impulsionado pela construção civil, que conta com o auxílio desses recursos”, explica Leane.

Classe média
Os números mostram também que 61% dos financiamentos habitacionais do DF foram feitos junto à classe média e baixa da população – pessoas que ganham até R$ 4,9 mil. Essas unidades foram avaliadas em até R$ 100 mil. O tipo de empréstimo mais praticado pelos brasilienses corresponde a uma linha de financiamento que utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Outro dado importante mostra que 95% dos financiamentos são feitos direto junto ao cliente, contra os imóveis financiados por meio de uma construtora. Entre os imóveis adquiridos ainda na planta, a grande maioria está em Águas Claras, o restante está pulverizado por Plano Piloto, Gama, Taguatinga, Guará e Sobradinho. A concessão dos financiamentos já beneficia 5.631 famílias e gera 15 mil empregos diretos.

Construção civil
O presidente da comissão imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon), Júlio César Peres, afirmou que os números são expressivos e ajudam a aquecer a economia da cidade. No entanto, ele acredita que poderia ser melhor para construção civil. “O que a gente sente é que esses recursos não vêm para o setor de imóveis novos, vão em grande parte para reformas ou aquisição de imóveis usados. O que o setor precisa é investimento em produção, que geram mais emprego”, avaliou.

Fonte: CorreioWeb

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