segunda-feira, junho 19, 2006

Sistema de caça-vazamentos evita quebradeira no imóvel

Bruna Queiroz
Especial para o Diário

A tecnologia de caça-vazamentos deixou para trás a quebradeira de pisos e azulejos para resolver problemas hidráulicos. O sistema já foi incorporado por grande parte das desentupidoras e encanadoras. É um método eletrônico que rastreia o vazamento por meio auditivo, mediante a escuta da pressão da água. Para detectar o ponto correto são empregados equipamentos como hastes de escuta, geofones e correlacionadores.

“Fazemos todo o mapeamento da rede de água e localizamos o ponto certo do vazamento. A partir daí, quebramos só o local em que foi detectado o problema”, explica Deusete Rodrigues Ferreira, da Donizete Encanadores, de Santo André. O encanador, que atende exclusivamente a região do Grande ABC, e já trabalha com o sistema há 10 anos, diz que a procura pelo serviço é constante. “Temos cerca de 15 pedidos por mês.”

Silvio Renato, diretor da SR Detecção de Vazamentos, também de Santo André, conta que recebe de 40 a 50 solicitações residenciais por mês. “A boa procura por esse método é por ser um sistema muito eficaz, que evita o transtorno das quebradeiras aleatórias”, justifica. Ele explica que o procedimento de detecção de vazamentos por meio de equipamentos eletrônicos de escuta compreende três etapas.

“O primeiro passo é o rastreamento geral da área, feito com hastes mecânicas de escuta posicionadas sobre todos os pontos aparentes que estejam em contato com a tubulação. Uma vez que é confirmada a suspeita de vazamento pelas hastes, são utilizados geofones eletrônicos para escuta na parte externa de onde estaria a tubulação, para a localização exata do problema.”

Nesse ponto, se já for localizado com exatidão o ponto do vazamento, é possível quebrar a área para efetuar o reparo. O uso do correlacionador, como última etapa do procedimento, é opcional. “Ele é usado quando a área com suspeita de vazamentos é muito ampla. Esse aparelho é posicionado sobre dois pontos distintos em que há possibilidade de o problema existir. Por meio de sensores, o equipamento faz o cálculo para determinar onde está o ponto exato do vazamento”, explica Renato.

A parte difícil do serviço, segundo ele, não é a detecção do problema. Para Renato, o conserto da tubulação é que pode desencadear transtornos. “Às vezes, a tubulação é antiga demais e vale mais a pena substituí-la”, conta. O custo médio do serviço de detecção residencial é R$ 200. Já para condomínios, o valor varia entre R$ 800 e R$ 1.000, em média.

Eficiente – Quem sofre com o problema de vazamentos não reclama do preço cobrado pelas empresas que trabalham com a tecnologia de escuta. É o caso de Janete Cappelli, de Santo André, que passou o tormento de um vazamento na lavanderia duas vezes.

A constatação de que havia algo errado veio com a conta de água, que chegou a R$ 900. “Uma exorbitância perto do que gastávamos normalmente.” Preocupada, Janete procurou os serviços da prefeitura e de empresas que usavam o método tradicional de conserto de vazamentos. “Não resolveram, e ainda quebraram tudo. Além de ter de pagar pelo serviço mal feito, continuei desperdiçando água e tive de pagar o conserto das lajotas”, lembra Janete.

A moradora andreense decidiu contratar uma empresa do Grande ABC que trabalha com o sistema de caça-vazamentos. “Eles rastrearam a área e rapidamente encontraram o foco do problema. Só quebraram o local exato do vazamento e resolveram o problema.” O preço cobrado pelo serviço não desagradou Janete. “Eles cobraram a mesma coisa que os outros, e ainda me deram uma solução”, elogia. “Achei muito eficiente, recomendo para quem tiver o mesmo problema”, completa o filho de Janete, o advogado Jean Cappelli.

Onde encontrar – Donizete Encanadores (Santo André): 4457-7895; SR Detecção de Vazamentos (Santo André): 4991-8090.

Como funciona o sistema de rastreamento

1º passo: Todos os pontos de consumo de água (tornerias, mangueiras, etc.) são fechadas, de forma a garantir a interrupção de qualquer passagem de água por esses espaços.

2º passo: Verifica-se, no hidrômetro (relógio de medição de água), se este está travado ou não. Se o aparelho estiver registrando passagem de água mesmo após o travamento dos pontos de consumo, há indício de vazamento.

3º passo: Hastes eletrônicas de escuta são posicionadas em todos os pontos aparentes que estejam em contato com a tubulação (como torneiras, por exemplo) a fim de verificar o trecho do vazamento através do rastreamento do som dos jatos d‘água.

4º passo: Identificado o trecho de vazamento, são empregados geofones eletrônicos na parte externa da tubulação (nos azulejos localizados acima da tubulação, por exemplo), para que seja localizado o ponto exato do problema.

5º passo: No caso de áreas grandes ou se houver mais do que um ponto suspeito de vazamento, utiliza-se o correlacionador, que irá determinar os pontos distintos de vazamento por meio de sensores instalados em partes distintas e externas da tubulação.
6º passo: Após localizado com exatidão o ponto de vazamento de água, a área é quebrada e o reparo é realizado.
Fonte: Diário do Grande ABC

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