sábado, setembro 16, 2006

Estelionatários aplicam variação de golpe em proprietários de imóveis

A estratégia dos estelionatários é a mesma já conhecida, que envolve veículos, empréstimos etc.

Os espertalhões encontram nos classificados de jornais de grande circulação pessoas que estão anunciando a venda de imóveis. O passo seguinte é levantar todos os dados sobre o imóvel e, numa ligação posterior, inicia-se a negociação, chegando-se a um valor a vista, quase sempre muito próximo ao que o proprietário está pedindo.

Em seguida o estelionatário, que até aí já se fez passar por pessoa idônea e rica que adora a cidade, pede os dados da conta da vítima e diz que irá depositar o valor total imediatamente, concretizando o negócio (e é aí que se percebe o golpe, porque ninguém em sã consciência pode imaginar que alguém possa fazer esse tipo de negócio à distância, sem ter contato com o comprador, sem sequer ter apresentado a documentação de praxe e sem ao menos ter tido um contato pessoal). "Mesmo assim, há muita gente que cai nesse golpe."

Cerca de uma hora depois o malandro volta a ligar e diz que já efetuou o depósito e pede para que a vítima tire um extrato. Alí, de fato aparece um depósito (não liberado - pois trata-se de cheque clonado ou roubado de outra vítima), mas que terá que ser compensado e só liberado, dependendo da origem, 48 horas depois ou mais.

Em seguida a mesma pessoa do contato diz que há custos de processamento de papéis e pede para que a vítima deposite imediatamente na conta de um laranja cerca de R$ 2.500,00, valor esse que pode ser negociado pela metade.

Aí, se o incauto ainda não tiver percebido a trama e fizer o depósito, ele acaba sendo mais uma vítima dos estelionatários. Fique atento e denuncie!

Fonte: Jornal de Campos

Dados da CEF demonstram desaceleração na venda de imóveis usados em SP

No primeiro semestre a alta foi de 5,54% pela CEF, contra aumento de 46,3% e 43,33% para o mesmo período de 2005 e 2004


O financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) para imóveis usados na cidade de São Paulo cresceu 5,54% no primeiro semestre deste ano - o que mostrou uma diminuição no ritmo de expansão. De acordo com dado divulgado nesta segunda-feira pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), nos mesmos períodos de 2005 e 2004 as altas foram, respectivamente, de 46,3% e 43,33%.

Ainda, segundo a pesquisa, também houve desaceleração no crescimento do financiamento de bancos privados e do estatal Nossa Caixa Nosso Banco. Nos seis primeiros meses de 2006, a expansão foi de 4,44%. No mesmo intervalo dos anos passado e retrasado, respectivamente, as altas haviam sido de 83,51% e de 35,87%.

O ligeiro aumento do crédito para a compra da casa própria fez recuar as vendas à vista e com financiamento direto dos proprietários - que parcelam o valor ao comprador por conta própria. As negociações feitas à vista durante o primeiro semestre foram 1,80% menores e as financiadas pelos proprietários tiveram redução de 14,74%. Já as vendas realizadas por meio de consórcios tiveram expansão de 123,81% nesse período, mas esse crescimento se deu sobre uma base percentual reduzida - de 0,53% para 1,19% do total de imóveis vendidos.

"Um semestre que fecha com resultados como esses só pode ser saudado como positivo, porque mostrou ter havido crescimento naquilo que é essencial para a maioria das famílias, ou seja a maior facilidade para obtenção do crédito para comprar a casa própria", comentou José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP). Mas ele ressaltou que foi acesa uma luz amarela no acompanhamento que o Creci-SP faz do comportamento do mercado em São Paulo.

Venda

A pesquisa constatou ainda que houve redução de 6,09% no total de imóveis usados vendidos em junho, tomando como base maio. O índice de vendas baixou de 0,5579 em maio para 0,5239 em junho, quando foram comercializados 252 casas e apartamentos.

As propriedades mais vendidas nesse período foram as com preços até R$ 100 mil, que somaram 51,16% do total imóveis negociados. Os apartamentos representaram 59,92% desse total e as casas, 40,08%.

A pesquisa CRECI-SP registrou 13 ocorrências de alta de preços médios e 5 de baixa no segmento de apartamentos. No de casas, foram 16 registros de aumento de preços e 3 de redução. Apartamentos construídos há mais de 15 anos e de padrão Standard, localizados na Zona C - onde estão agrupados bairros como Lapa, Mooca e Santa Cecília - apresentaram o maior índice de aumento de preço médio em junho:14,69%. Nessa região, o valor do metro quadrado passou de R$ 810,14 em maio para R$ 929,16 em junho, segundo os números levantados pela pesquisa CRECI-SP.

Aluguel

Conforme o Creci-SP, o número de imóveis alugados em junho foi 8,77% inferior a maio, com índice de locação residencial na Capital paulista caindo de 2,4863 para 2,2682. As 481 imobiliárias consultadas pelo CRECI-SP alugaram 1.091 propriedades em junho, sendo a maioria, casas (55,55%).

Os imóveis devolvidos por inquilinos às imobiliárias consultadas somaram 539, um aumento de 19,29% em relação a maio. E a inadimplência dos locatários com imóveis administrados por essas imobiliárias foi de 4,95% em junho, uma alta de 6,99% na comparação com maio.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

A lei federal 11232 deverá reduzir a inadimplência nas locações de imóveis

A taxa de inadimplência do mercado imobiliário está em queda e a promessa é de redução ainda maior. Em vigor desde o último mês, a Lei Federal nº 11.232 simplificou a cobrança de dívidas e pode ser aplicada nos casos de atraso de taxas de condomínio e aluguéis em que foram movidas ações na Justiça contra os denominados maus pagadores.

De acordo com o advogado Geraldo Beire Simões, presidente da Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário (Abami), para ser aplicada uma multa, o processo se desenrolava em duas fases antes da medida. A primeira servia para provar que a dívida existia, o que levava cerca de um ano. A outra fase era de execução da dívida, ou seja, de cobrança do valor devido, o que podia elevar o tempo do processo em até três anos. “As imobiliárias já estão se beneficiando com a nova Lei. Acredito em uma queda na inadimplência de até 80% nos próximos seis meses”, avalia.

Para Simões, em linhas gerais o ponto principal da Lei a ser destacado é o artigo nº 475J. “Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de 10% .”

Segundo Hubert Gebara, vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e diretor do Grupo Hubert Imóveis , os moradores que deixaram de pagar o condomínio ou o aluguel dentro do mês de vencimento poderão ter um acréscimo de multa. “Contamos na Hubert com contratos comerciais e administramos condomínios”, explica.

Para o advogado José Antônio Ferraroni Golçalves Gomes, da Hubert, entre os 350 condomínios administrados e outros 900 contratos para locação já foi percebida queda de 7% para 5% em inadimplência mensal — isso em apenas um mês. “A queda registrada é equivalente a cerca de 20 contratos analisados e já julgados pela Justiça. Nos próximos meses será possível sentir um impacto maior da medida nos contratos da empresa”, revela. Outro aspecto que mudou é o fato de a citação judicial ser feita agora em nome do advogado do inadimplente por meio do Diário Oficial e não mais em nome do devedor, o que dá mais agilidade ao processo.

De acordo com Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), a nova legislação poderá aumentar as garantias para os proprietários porque mais pessoas vão procurar investir em imóveis. No entanto, a entidade acredita que esse impacto deve ser sentido a longo prazo.

Para a Lello Locação e Vendas , que conta com quatro mil imóveis para locação, com nova lei a inadimplência — hoje de 3% ao mês — poderá cair pela metade nos próximos meses. A advogada Moira Regina de Toledo Alkessuani, do departamento jurídico da Lello, diz que o inquilino inadimplente deverá honrar com suas obrigações já que a multa volta a ser alta neste sentido. “Após convocado, o locatário tem de efetuar o pagamento em até 15 dias. Caso contrário, paga os 10% de multa sobre o valor total”, conta a advogada.

A Lello ampliou sua atuação no Grande ABC neste mês. A empresa implantou uma unidade em Santo André e adquiriu uma carteira de 35 condomínios na região. Com a expansão, a Lello passa a administrar 50 empreendimentos no ABC, o que representa um total de dois mil apartamentos. A maioria dos condomínios gerenciados pela firma fica em Santo André. Esta é a décima filial da Lello no Estado. As demais ficam na capital paulista e na cidade do Guarujá, além do Centro Administrativo próprio da empresa, situado no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo. São, no total, 1.100 administrados, sendo 90% dos empreendimentos residenciais, onde moram cerca de 270 mil pessoas e trabalham sete mil funcionários. A perspectiva da empresa é dobrar a carteira de empreendimentos administrados no ABC até o próximo ano.

Pesquisa

Recente levantamento da Lello mostra que, entre janeiro e maio deste ano a administradora registrou aumento de 20% na procura por aluguel de imóveis para executivos de médias e grandes empresas, em relação ao mesmo período de 2005. “Os contratos são, geralmente, de 30 meses e muitas vezes a própria empresa é a fiadora”, diz Roseli Hernandes, gerente de locação e vendas da Lello. As unidades mais solicitadas são apartamentos de um ou dois dormitórios, em regiões como Moema, Jardins, Higienópolis, Ibirapuera, entre outros, porque é onde se concentram os escritórios. O valor médio do aluguel varia entre R$ 3 mil e R$ 10 mil.

No escritório brasileiro da consultoria americana Jones Lang LaSalle foram 20 consultas do exterior para imóveis residenciais em São Paulo, no último bimestre, que, se fechados, chegam a R$ 200 milhões. “Este semestre deverá fechar com 25% mais de negócios em comparação com o ano passado”, diz Lilian Feng, coordenadora da área de pesquisas.

Fonte: DCI- Robson Bertolino

Presídio aquece setor imobiliário

Curioso efeito inesperado da instalação de presídio federal.

Uma semana depois da chegada do traficante Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, a população de Catanduvas continua indiferente ao suposto perigo que a penitenciária federal representa para o município. Quem pensou que a população e comércio ficariam temerosos se enganou: muitos moradores já projetam lucros com a instalação do presídio, a primeira unidade de segurança máxima construída com recursos do governo federal.

“Há pouca oferta de imóveis aqui. Estão construindo algumas casas para atender os trabalhadores da penitenciária”, diz Rui Antônio Dallelaste, que virou corretor de imóveis autônomo. Ele já alugou duas casas para agentes penitenciários. Com a procura, os valores dos aluguéis chegaram a subir 100% e os terrenos ficaram até três vezes mais valorizados em relação há um ano.

O proprietário do Hotel Veneza, o único da cidade, tem um projeto para ampliar o número de quartos de 18 para 25. Hoje ele cobra R$ 750 por mês pelo aluguel de uma suíte, valor que pode ser reajustado nos próximos meses.

Com o mercado inflacionado e a falta imóveis, a maioria dos 164 agentes penitenciários do presídio está morando em Cascavel, que fica a 55 quilômetros de Catanduvas. De acordo com as imobiliárias de Cascavel, os trabalhadores da penitenciária aqueceram o setor neste mês. “A maior procura aconteceu nos primeiros dez dias de julho”, diz Élson Thomann, da imobiliária Thomann.

A penitenciária de Catanduvas é a primeira unidade de segurança máxima entregue pelo governo federal. A próxima será a de Campo Grande (MS). Sua inauguração depende apenas da contratação de agentes penitenciários. Por enquanto, Fernandinho Beira-Mar é o único preso em Catanduvas. Pelo menos cinco estados já teriam manifestado interesse em mandar presos perigosos para o presídio. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mantém os nomes e os detalhes das transferências em sigilo, por uma questão de segurança.

Fonte: Gazeta do Povo

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